Nos embargos desta doce breve vida
...
temos um prazo!
Rosa
Watrin
Nada Mais!
Na giratória do tempo
memórias
sorrisos
carnavais.
Auroras ao... Tim! Tim!
Gosto de quero mais!
Tu em minhas coxas
navegavas em meus canais.
E agora?
Só lembranças boas
nada mais !
Rosa
Watrin
Santo ou Diabo
Em madrugadas fartas
viso um articulado amanhecer
viso um todo
um mundo equalizado
sem a fragilidade dos aglomerados.
Um mundo... mundo!
Bem politizado
sem precisar de recados.
Lorde
santo ou diabo
a desmitificar
amor
poder e pecado.
Rosa Watrin/ foto internet
Sedução e poder
Escrevo um verso bem destemido
por menores
não deve ser lido.
Vou versar sobre a preponderante vagina
talvez nem cometa pecado
nem sei se a palavra vagina nas rimas
destina-me ter um verso condenado.
Eu lamento os patéticos que perderam
seus deleites nos momentos desejados.
Simplesmente porque a cobiçada vagina
compõe o momento e destino dos amados
no presente
no passado
ela é o fruto histórico do Éden
dourado.
Sem ela
não existiria a fecundação
nem as tórridas ávidas paixões.
Cobiçada
desejada
vivencia amores
arquiva corações
anda na contramão
amenizando as secularidades das contradições.
Hoje
longe das condescendências
atualizada
destemida
preparada para as despedidas
mantém tino para equalizar as lidas.
Como um velcro
aderindo
com o dom das acolhidas
com cheiro e odores
com dores paridas
sempre será um condutor de vidas.
Nesta vida do ambicioso quinhão
sedenta
necessitada
mascarada pela mesquinhez
sorrateiramente desalinha.
Politica e volátil
ilumina cenas com purpurinas
visando propinas
nas provocantes esquinas.
Apesar das barganhas e das artimanhas
originalidade
somente nas meninas.
Em tudo ela se destina
até em rimas que a comprima
com o seu estilo loba
mulher
menina.
Vocês conhecem os poderes efetivos
da imponente e desejada vagina?
Percebi bem tarde os seus
preponderantes poderes
ela convoca
seduz
envolve...
No auge... explode!
Explode em prazeres
deixando o corpo deliciosamente cansado.
Contrapondo-se a tradição de sua
clássica tradução
maçã!
Não a do pecado.
Rosa Watrin
Neste nacionalismo histriônico
declaradamente
monogâmico.
Ufa!
*
*
*
*
Eu
e tu.
*
*
*
*
*
*
Rosa
Watrin
Deito
minhas costas
para
calar os dias.
Aos
poucos
a
macabra madrugada
evapora
o que sugou de mim
e a
certeza
das
incertezas mortas
abrem
portas...
fecham
portas...Abrem portas!
Tudo
mudou
o
cheiro do jasmim
não
lembra mais os mortos.
Aboliram
as fogueiras
falam
pouco em querubins
não
plantam mais mangueiras
somente
as delicadas e transitórias bananeiras.
Deitada
com o
olhar procuro o velho teto
completamente
turvo
desbotado
ajustando-se
a escuridão
e a
esmo.....
Gasto
palavras
do
começo ao fim !
Rosa
Watrin
