Um Ano Novo
com o dever do justo abono
mano a mano
peito a peito
com o R do respeito
de humano para humano.
Um Ano Novo previdente
fértil
feliz
abrangente...
Gente com gente!
Rosa Watrin
No tom escarlate
Adoro os ares provocantes dos mistérios
a subjetividade ampliando o sentido do belo
o mar.
Às tardes?...Venero!
- Mas convivo diretamente no mundo falante
dos homens.
–
Entre olhares antagônicos e demônios
percebo a loucura impulsiva da fome
da carne que arde
da carne que o homem devora querendo dar
nomes
sem saber o papel animal
do homem racional.
Nos relatos de alguns debates ocasionais
eu sempre falo do falo
da libidinosa energia do impulsivo falo
desacasalado.
Falo do falo que se projeta nos ralos
que rompe as magias
procria sem cria
nas noites vadias.
Eu também falo do gozo insano
um dolo
de dono pra dono.
- Com o sexo no tom escarlate
alimenta o id
sedento
monólogo da arte
vivendo à parte.-
No vazio imenso dos contraditórios
contrastes
interrupto
se parte.
Diante
da primária
ou da epopéia poética
o homem sobrevive febril no temporário tempo que resta.
Sem
um determinante horário
o
coração pulsa
o
peito aperta
um arco possante emite uma flecha
a sepultar sem apelos
a alma incompleta.
A voz
indomada do cio
Nesta
fase da vida
o homem
não deseja a simetria harmoniosa da cama arrumada
nem o
brilho natural da tez
após a
barba raspada.
Nesta
fase da vida
o homem
ultrapassa a própria escassez
a
inferir o limiar da matéria
ousada
espada!
Nesta
fase da vida
entre
adeuses e apegos
o homem
deseja o roçar lingual dos beijos
e do
cheiro provocante do sexo entre os dedos.
No
decorrer desta fase minguante
temperamental
o homem
se adestra de nomes
louva
os louros da garganta conquistada
a foz
alimentada
o pau
ereto
dentro
da vulva compassada.
Absoluto
voz de
si
dorme ao
som erótico das fantasias obcecadas
com as
mãos via libido eletrizada.
Vida
embalada
a se
embalsamar
sem percebe
o frescor que provem das noites enluaradas
e a
sutil embriagues da voz canta.
Atordoado
em seu próprio delito
com o
corpo encharcado
do antes...
Ante o durante!
Sobre as
noites excitantes.
Carnal e feliz
tal cão
que ladra no cio
entre o gozo
e a temÃvel derrocada
definindo o ser viril
que vivencia a bel -prazer
as mirabolantes madrugadas.
Rosa
Watrin
25
de novembro de 2018
Se eu
pudesse te amar
eu te
amaria
sem a teatral marginal transgressão.
Eu te
amaria
com
certeza eu te amaria
sem
contratação
sem a
cumplicidade da lei
que
homologa o tempo construtivo da afeição.
Se eu
pudesse te amar
com avidez
das intenções
seria
eu ante os olhos de Deus
completa
nua
diante da tua devoradora imaginação.
Eu te
amaria via as nossas vias
e tu
sentirias o meu amor cálido
estético
audaz e poético.
Na
penumbra
ouvirias
meus ais
sentirias
meus beijos
provocando
um atentado
sobre o
teu corpo excitado pelo linguajar dos desejos.
Atônito
diante
da minha declarada provocante nudez
mesmo
sendo uma vez
nosso amor
implacável e sem medo
tu guardarias em segredo.
Rosa
Watrin
28 de
novembro de 2018
Sem direitos autorais
A minha casa é uma casa com estruturas
interditadas
arquitetonicamente uma planta encalhada
diante das polÃticas das jornadas.
arquitetonicamente uma planta encalhada
diante das polÃticas das jornadas.
Inacabada
sem o
brilho esmaltado das lajotas
sem o
verniz intimidador que despersonalizam as portas
a minha casa desmorona frente a anedotas de propostas
a minha casa desmorona frente a anedotas de propostas
heterogêneas
sombreadas por cotas.
sombreadas por cotas.
Sem
metáforas que arranhe alguns baldrames
sem o
sentimento de dono
a minha
casa
feito uma sombra translúcida
utópica
espelha imposições meticulosas
feito uma sombra translúcida
utópica
espelha imposições meticulosas
quase mórbidas.
Marcada pelas agressões históricas das escoriações
lentamente transpira
Marcada pelas agressões históricas das escoriações
lentamente transpira
brocha.
A minha casa declarada imputa
amarga
livremente
luta... Luta!
Luta entre
deuses e demônios
jamais
anônima.
Com ares que expurgam os falsos pergaminhos
e o som fugaz que arranha as portas
a minha
casa é carne viva
entre as
loucuras das apostas.
Neste
entrave cruel de impeditivos de vidas
não existe
mais a movimentação visceral da alegria dividida
tampouco o cheiro tão gostoso da comida.
tampouco o cheiro tão gostoso da comida.
Com um discurso
singular e assustador
quase
profético
o
homem vive suplicando o ético
a
viabilidade do humano amor
genuÃno
estético.
Poetas... Poetas!
Diante do poder do pensamento arrogante
do petróleo
da sedução
do diamante
do ideal da
liberdade louca
o homem fica sem casa
o homem fica sem casa
sem
território
sem roupa.
Hoje a minha casa vive as despedidas arquitetônicas antagônicas
engolida pelas fronteiras culturais
sendo
notÃcias entre as leituras dos jornais
ao relento
do direito universal
subjugada
sem direitos autorais.
sem direitos autorais.
- Mediante fronteiras salvadoras e fatais –
Rosa
Watrin/
16 de
novembro de 2018
Poeticamente...
Meu amor... Meu amor!
Chorar inibe os corpos
soluços abruptos enfraquecem os músculos
com a impulsiva fragilidade dos discursos
o amor vai se tornando diminuto.
O que respalda o amor é a noção do seu
percurso
visivelmente ágil
a gosto.
Amar requer mobilidades
movimento
ares
um belo termômetro mediador
Poeticamente ... Gozo e dor
espinho e flor
e labaredas que aquecem o frio amor.
Rosa Watrin