A mentira
grotesca centelha
centelha
centelhas
devassa
em codinomes.
em codinomes.
Disforme
e infame
muitas
vezes confunde o mundo dos homens
se o
homem tem fome
ou se
come.
Todo um
oposto
carne
ou um
rosto decomposto semeando um cemitério de nomes.
Um teatro
de atores sobre concretos e pastos
levianos
imitando
o fiel sorriso dos palhaços por anos.
Dentre
muitos avessos e estardalhaços
a
mentira é como um filme cortado em pedaços
ou
bem pior
polÃtica
e justiça tentando mil traços.
Neste
oposto agora exposto
em
centelhas
no
topo
a
mentira possui cifras
torpe
articula
troco.
Terra
dos Miritis
Carnaval
2018/ Rosa Watrin
Desejo
chocolate subindo uma ladeira
pego
poeira
pego
poeira
pego
poeira dançando carnaval.
Vergando
um pau
vergando
um pau de Miriti
pensando
em ti
pensando
em ti
pensando
em ti
um
tempo que vem de ti.
O vento
forte sobre a proa
leva as
canoas
a maré
mansa fluir à toa.
Na
terra dos Miritis
o vento
abraça
o tempo
voa
homem
tem fé
transa
quem quer
cachaça
boa.
Na
terra dos Miritis
o vento
abraça
o tempo
voa
homem
tem fé
transa
quem quer
cachaça
boa.
Na singularidade diária
daquele contexto
existia o imperativo conceito
com a docilidade efetiva das
ações.
Mágico
existia a sutil razão na
ilusão
efeitos minuciosos
alhos e olhos.
Além ou aquém
existia a curiosidade luminosa
das noites
a efervescência calorosa dos
dias
olhares contidos
outros adormecidos
diante dos olhares serelepe.
Naquele lugar
literalmente existia o desejo
assertivo dos mestres
uma realidade atrevida
dez vezes parida
entre verbos seletos.
Era um tempo...
era um tempo de afetos
de afetos discretos.
No térreo havia mistério
um tempo de chão
de interseção
da aquecida crédula criação
sobre um arquitetônico verde
pálido casarão.
Era chão
era irmão
era irmão
era voz
era fé
mutirão.
Diante de tudo
havia o precavido cálculo
cálculos emblemáticos sobre
prevenção
havia interação
visÃvel nas interrogações
e muito mais sobre os lábios
mudos.
No campo estratégico
existia um delicioso corrimão
negro
viajante
a discernir os mecanismos do
mundo distante.
No delicado processo que todo
ser cresce
existe um coração palpitante
a diversidade mutante
a difÃcil orientação etária
além das expectativas doces e
revolucionárias.
O sal doce da subjetividade
erros e verdades
amor e respeito
bondade e proveito
às vezes confuso
avesso
um preço
contrastante
sobre um especÃfico parapeito
relaxante.
Na civilização do concreto
mesmo em céu aberto
haverá sempre um campo
edificante
um gesto operante
encantos e desencontros
para conduzir crias sob a
revelação da epifania.
Rosa Watrin
